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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Entrevista com Nelson Piletti:

  Desta vez não iremos publica resumos para ajuda-los, e sim uma entrevista de uma pessoa muito importante para o ensino brasileiro. Esta pessoa é um professor que gentilmente respondeu perguntas enviadas por nós. Mas antes de colocas queremos mostrar um pouco deste professor com informações tiradas de sua própria pagina na internet.
 Temos o prazer de apresentar a vocês Nelson Piletti .

Nasceu em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, Brasil, estado no qual fez os estudos primários, secundários e superiores, graduando- se em Filosofia em 1968. 
No mesmo ano começou a ensinar História em escolas secundárias, ao mesmo tempo 
em que participava do movimento estudantil, com o congresso da UNE (1968)
.
Trabalhou como auxiliar de escritório, tornando-se depois professor em diversas escolas secundárias e superiores. Graduou-se em Jornalismo e Pedagogia e tornou-se Mestre, Doutor e Livre-Docente em E ducação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, instituição em que exerceu o magistério na disciplina Psicologia da Educação e, depois, em História da Educação Brasileira, de 1974 a 2002.Em São Paulo, também foi candidato a prefeito de Ibiúna(1988) e a Deputado Federal (1990).

Publicou livros didáticos entre eles a serie: Historia e vida.



  Entrevista:


 1-   Qual a importância das revoltas ocorridas de 1789 ate o ano de 1822 para o Brasil atual?

   Nelson Piletti: Dois aspectos são importantes: primeiro, a consciência do passado histórico é condição indispensável à construção do presente e do futuro; segundo, as revoltas ocorridas naquela época constituem um estímulo a que também nos engajemos na luta por um Brasil mais desenvolvido, igualitário e justo.


2-  Qual o significado histórico dessas revoltas?
   Nelson Piletti: Dentre outros aspectos, a importância histórica dessas revoltas em sua inserção no contexto histórico em que elas ocorreram: por um lado, a luta contra o absolutismo inspirada nos ideais iluministas, na Europa, e, por outro, a luta contra o colonialismo em busca da independência, inspirada nos mesmos ideais, nas Américas.


3-  Tiradentes é considerado por muitos o líder e o grande símbolo da Inconfidência Mineira. Ele realmente exerceu esse papel? E o que ele fez para se destaca nesta revolta?
  Nelson Piletti:  Disseste bem, Tiradentes tornou-se um símbolo, decorrência do fato de ter sido o único mártir, o único condenado à morte, em defesa das suas idéias. De criminoso, tornou-se herói! E os fatos? Ao contrário dos outros principais envolvidos, membros da elite econômica e intelectual da Colônia, Tiradentes era pobre, um simples alferes, o tipo ideal para servir de bode expiatório, como tantas vezes acontece na história!


4-   Existe uma relação dessas revoltas para a Independência do Brasil?
  Nelson Piletti: Claro que existe. A insatisfação com a exploração da Colônia pela Metrópole veio num crescendo contínuo, movimento no qual essas revoltas se inserem, até desembocar na Independência que, se não fosse declarada pelo príncipe herdeiro do trono português, fatalmente haveria de ocorrer mais cedo ou mais tarde, talvez com a proclamação da República, como nas colônias espanholas vizinhas.



5-  Qual revolta teve maior importância para nosso pais? E por quê?
 Nelson Piletti: Difícil dizer, pois cada uma teve sua importância e suas características. De um modo geral, aquelas que envolvem membros da elite, como a Inconfidência Mineira, merecem mais destaque, ao passo que as desencadeadas por índios, negros e pobres em geral tendem a ser esquecidas pela História oficial que, geralmente, é contada pelas classes dominantes.



6-   Qual a explicação para algumas revoltas terem um maior repercução atualmente? (Como na musica, com a Balaiada que virou samba de enredo em 2002 pela Acadêmicos da Grande Rio)
Nelson Piletti: Nas últimas décadas assistimos a uma revisão da história do país, no sentido de estimular e desenvolver pesquisas mais autênticas sobre a nossa história real, na qual muitas revoltas populares tiveram lugar, sobre as quais estamos conseguindo levantar mais informações, apesar de serem escassos os documentos sobre as mesmas. É nesse contexto que se inserem as produções sobre a Balaiada, Zumbi dos Palmares e outras.


7-   Para o senhor que revolta no período de 1789 a 1822 que mais lhe atrai? E por quê?
Nelson Piletti: Não tenho uma preferência especial por nenhuma das revoltas. Acho que todas foram importantes. É claro que mais me atraem os genuinamente populares, as dos índios, negros, pobres e explorados em geral, pois é deste movimento popular que se pode esperar a construção de um Brasil melhor para todos.

De qualquer forma, tenho uma atração especial pela Revolução Pernambucana, não tanto pela mesma em si, mas pelo fato de se inserir num movimento mais amplo de luta pela liberdade, que inclui, para só citar as revoltas mais citadas, a luta contra os holandeses, em meados do século XVII, a guerra dos mascates, no início do século XVIII, a Revolução Pernambucana, a Confederação do Equador e a Praieira, na primeira metade do século XIX.


8-  Algumas revoltas como a Sabinada, Cabanagem, Balaiada, Conjurações Baianas e Cariocas, Revolução Pernambucana , Inconfidência Mineira e entre outras são bastante conhecidas, mas sabemos que existiu muitas outras que pouco são se quer citadas. Quais são seus nomes e suas importâncias?
Nelson Piletti: São muitas as revoltas sequer mencionadas pela História oficial, de um modo especial as perpetradas por índios e negros escravos, pelos pobres explorados em geral. Outras são apenas citadas de passagem. Em relação aos índios, acho que a Guerra Guaranítica no atual Rio Grande do Sul, em meados do século XVIII, envolvendo os exércitos de Portugal e Espanha, mereceria mais ênfase no estudo da História. Quanto aos negros, a revolta dos malês na Bahia, na mesma época que as mais citadas do período - Farrapos, Sabinada, Balaiada, etc. - parece-me a grande injustiçada.


 Agradecemos a Nelson Piletti pela ajuda em nosso blog.
 Como viram a Revolução Pernambucana é a revolta que mais o atraí, apesar de o blog ter um objetivo de passar rápidas, simples e diretas as informações estamos preparando algo sobre a Revolução Pernambucana como forma de agradecimento, que logo será postado.
  Até a próxima postagem, com mais novidades. 

terça-feira, 5 de abril de 2011

A Cabanagem


*Introdução:

A Cabanagem ocorreu em 1835 na província do Grão- Pará, região formado por mestiços e índios que viviam em cabanas construídas as margens dos rios. Neste período a situação do estado era péssima, a população em grande de sua parte vivia em extrema miséria e sem condições adequadas de vida.
 Porem os pobres não eram os únicos que estavam infelizes com o governo, fazendeiros e comerciantes estavam infelizes com a escolha do novo presidente da província que não agradava a maioria local.
  Desejos diferentes porem com um mesmos motivos, índios e mestiços se uniram com os fazendeiros e comerciantes e começaram uma revolta com o objetivo de conquista a independência de sua província. Assim estava começando A Cabanagem.


* Conflito:
  
Em 1835 os revoltosos invadiram Belém, a capital da província, e colocaram na presidência Félix Malcher que foi morto por ter feito tentando um golpe com ajuda com as tropas do governo. Como substituto teve-se Francisco Pedro Vinagre que também tentou dar um golpe e assim como Félix foi morto.
 Para acaba com a revolta as tropas do império português com ajuda dos mercenários europeus usaram toda suas forças contra os revoltosos para impedir um movimento que ganhava força a cada dia.
 Depois de um ano combatendo os revoltosos as autoridades conseguiram reconquista r Belém e os cabanos fugiram para o interior da província onde foram perseguidos e assassinados.  Sendo que quando morriam sua orelhas eram cortadas, presas em um fio como se fosse um colar para serem mostradas coo troféus pela vitória.


*Final:

Em cinco anos de luta os revoltosos foram literalmente detidos, derrotados com seu objetivo sem se realiza e no fim de tudo se estima que de uma população de 100 mil habitantes restaram-se apenas 60 mil.